Sou Artista Plástico, Escultor e Desenhista. Meu atelier fica no Centro Histórico de Embu das Artes, à Rua Mato Grosso, 701 - Estância Embuarama
sábado, 5 de novembro de 2011
terça-feira, 1 de novembro de 2011
A Terra não corre perigo, nós corremos!
Construimos uma sociedade onde os meios de comunicação, principalmente a televisão, nos ensina tudo sobre o que consumir e como consumir, mas muito pouco fala sobre aquilo que agride o meio ambiente de uma forma ou de outra. Desde o combustível que queimamos com os meios de transporte e com a calefação das casas até a produção industrial tudo se transformará, mais cedo ou mais tarde em veneno na atmosfera ou em lixo. Os cemitérios de automóveis, os depósitos de material nocivo ou as montanhas de pneus espalhadas pelo mundo quase nunca são mostrados por nenhuma midia. Todo o esgoto produzido pelo homem é jogado nos rios que poluem os lençóis freáticos que envenenam sistematicamente todos os mares da terra. O planeta visto do espaço não é mais aquela bonita bola azul e sim um corpo completamente cercado de lixo, resto de satélites de todo tipo e se parece com uma bola imantada cheia de resíduos girando à sua volta. Uma criança com cinco anos de idade, pobre e analfabeta já é uma consumidora sofisticada que se alimenta com produtos artificialmente apetitosos, cheios de conservantes, que usa tênis de borracha, roupas de nailon e um sem numero de objetos e brinquedos que se transformarão em lixo. Ninguém se preocupa em ensinar às crianças que quase tudo o que nos cerca não presta. Desde cedo ela se identifica com o automóvel e com as armas de plástico que imitam as verdadeiras que matam. Todos os nossos heróis são bandidos bonitos, bem vestidos e ricos. Não se ensina às crianças que a gasolina polui, que o brinquedo de plástico demora em se decompor, que o frango do almoço está provavelmente cheio do veneno usado em sua engorda, que a maionese da mamãe contem agrotoxicos e que o transporte para a escola usa combustível venenoso. Não se estimulam as crianças para que se formem em engenheiras de um novo tempo onde se use a energia dos ventos ou do sol, não se ensinam às crianças que a derrubada das matas trará a extinção de milhões de seres microscopicos e de vermes sem os quais a vida não será mais possível. Muito antes dos males do amedrontador aquecimento global de que tanto se fala, não teremos mais peixes, nem remédios para os nossos males porque o rico e ignorante fazendeiro ao desmatar não sabe o que destruiu. Enfim, eu quero propor através de minha arte que resistamos à barbárie tecnológica e dar o meu grito contra a destruição que se faz no planeta que não é nosso nem de nossos filhos, mas de outros seres que virão mais tarde e que comerão a bosta e o veneno que lhes deixaremos sobre uma terra calcinada e sem bichos, com uma atmosfera venenosa e sem água. Estes seres inocentes herdarão nosso resto e a imensa responsabilidade de se mudarem da terra para... onde? Ou se tornarão assassinos em troca de um pouco de lama e da carniça dos mortos? Não, eu não quero me compactuar com esta barbárie e apesar de ser eu mesmo um poluidor, vou usar meus pincéis e minhas tintas para me confessar culpado e para mostrar às crianças que poderemos mudar nossos conceitos e para me redimir, se possível, e para acusar você aí que não faz nada além de seu crime hediondo de ficar calado.
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